A noite fria convidava a manterem-se junto à lareira onde as cores se misturavam com o riso e se ia convidando o sono a embalar o pequenito que teimava em não sair do colo da avó.
As histórias repetidas mas sempre inventadas faziam com que, todos os dias, aquele ritual acontecesse. No entanto, nesta época o garoto tornava-se mais exigente. As luzes, os enfeites de Natal, a perspectiva das prendas, os odores das guloseimas que já começavam a aparecer lá por casa, estimulavam a curiosidade.
Naquele dia a pergunta, há muito esperada, surgiu: “E o Pai Natal existe, avó?”
“Existe, pois!” Confirmou a avó, sem hesitação. “Já viste que, assim que as luzinhas de Natal começam a brilhar por todo o lado, os nossos corações se enchem de alegria e nos apetece oferecer abraços às pessoas de quem gostamos? Sabes, eu sempre achei que o Pai Natal não é quem traz os brinquedos. Não é não. O Pai Natal é aquela luzinha especial que brilha cá dentro e nos faz sentir que temos que fazer felizes quem nos ama para que possamos sentir, de verdade, o seu amor."
O pequenito apertou-se contra o peito da avó exclamando: “Ninguém conta histórias como tu, avó!"
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
domingo, 14 de dezembro de 2008
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Rebeldia
Subscrever:
Mensagens (Atom)