Espero-te. Não vens, eu sei!
Vais dando notícias, cada vez mais raramente, com mais pressa.
Isto vai-me passar, não vai?
Esta vontade de querer saber sempre de ti, de pensar em ti, de querer saber o que fazes, como estás!
Como se faz para passar?
O que se põe nesse lugar vazio?
O tempo! Pois o tempo!
Faz-me lembrar outras perdas! É o tempo, dizem!
Esta vontade de querer saber sempre de ti, de pensar em ti, de querer saber o que fazes, como estás!
Como se faz para passar?
O que se põe nesse lugar vazio?
O tempo! Pois o tempo!
Faz-me lembrar outras perdas! É o tempo, dizem!
Como se o tempo pudesse tirar as dores, ocupar os espaços, tirar as memórias que não queremos perder!
E é igual. Sempre igual!
Devagar, muito devagar, começamos a ver a distância a aumentar, como se as pessoas começassem a caminhar, devagar, sempre a caminhar, devagar .... e nós ficamos imóveis, a vê-los ir, sem nos pudermos mexer, querendo correr, impedi-los de se afastarem, mas algo (alguém, alguma coisa) nos (os) impede de encurtar o afastamento!
Como se faz para passar?
E é igual. Sempre igual!
Devagar, muito devagar, começamos a ver a distância a aumentar, como se as pessoas começassem a caminhar, devagar, sempre a caminhar, devagar .... e nós ficamos imóveis, a vê-los ir, sem nos pudermos mexer, querendo correr, impedi-los de se afastarem, mas algo (alguém, alguma coisa) nos (os) impede de encurtar o afastamento!
Como se faz para passar?
4 comentários:
Não passa. Mas o tempo atenua.
Um abraço.
Se eu soubesse não sofreria do mesmo mal! :-((
Abraço
não passa...
vai desanuviando o espírito, e preenchendo o vazio com ... imagens sonhadas!
beijinhos
Excelente texto.
O vazio sentimental tem estas atrocidades: distorção do tempo e do espaço.
A única solução será construir um outro relacionamento,
Não vejo alternativa.
Bjs
Enviar um comentário