Partimos cedo. Saímos com a ansiedade de chegar e mostrar que é tempo de nos fazermos ouvir.
Já éramos muitos à partida mas à chegada, a força cresceu.
Cresceu ao vermos o rio de gente que, de todos os pontos deste País, confluía àquela Praça.
A emoção tomou conta de alguns, especialmente daqueles que ainda se lembram de terem descido aquela Avenida, num 1º de Maio, quente, muito quente, com a alegria a brilhar em todos os rostos, com todas aquelas bandeiras rubras que nunca esqueceremos!
Mas Lisboa não se lembra de ver tanta gente assim!
Hoje as bandeiras são de várias cores. Hoje estão, lado a lado, PESSOAS que não se conhecem, que nunca se viram, mas que juntam as vozes no mesmo protesto, nos mesmos lamentos, na mesma indignação!
Mas, afinal, o que quer esta gente?
Apenas, serem ouvidos, respeitados, reconhecidos.
Vai mal um País que não reconhece nos seus educadores o mérito de fazerem crescer gerações de cidadãos capazes de, em cada instante, o (re) Construirem!
Mas vai muito pior um País que, depois do que ouviu dos seus educadores, não for capaz de juntar todas a vozes e exigir o respeito que eles lhe merecem!
Fomos 100 mil.
“Havemos de ser mais, eu bem sei!”