sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

E o Pai Natal existe, avó?

A noite fria convidava a manterem-se junto à lareira onde as cores se misturavam com o riso e se ia convidando o sono a embalar o pequenito que teimava em não sair do colo da avó.

As histórias repetidas mas sempre inventadas faziam com que, todos os dias, aquele ritual acontecesse. No entanto, nesta época o garoto tornava-se mais exigente. As luzes, os enfeites de Natal, a perspectiva das prendas, os odores das guloseimas que já começavam a aparecer lá por casa, estimulavam a curiosidade.


Naquele dia a pergunta, há muito esperada, surgiu: “E o Pai Natal existe, avó?”

“Existe, pois!” Confirmou a avó, sem hesitação. “Já viste que, assim que as luzinhas de Natal começam a brilhar por todo o lado, os nossos corações se enchem de alegria e nos apetece oferecer abraços às pessoas de quem gostamos? Sabes, eu sempre achei que o Pai Natal não é quem traz os brinquedos. Não é não. O Pai Natal é aquela luzinha especial que brilha cá dentro e nos faz sentir que temos que fazer felizes quem nos ama para que possamos sentir, de verdade, o seu amor."

O pequenito apertou-se contra o peito da avó exclamando: “Ninguém conta histórias como tu, avó!"

domingo, 14 de dezembro de 2008

SALVEM OS RICOS!!!

Os Contemporâneos continuam a surpreender!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Rebeldia


Quando te senti
Sabia que por ti daria a minha vida.

Como se a vida te fugisse pelo meio dos dedos,
Tudo queres viver.


Adianta dizer que por aí encontrarás um caminho lamacento?

Não, não adianta. Tens que viver.

A minha mão está aqui. Na ponta tem um braço.
E um abraço.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Amanhã há-de ser outro dia!!!!

APESAR DE VOCÊ!!!!

Vale sempre a pena ouvir o Chico!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Que energia temos?

Que a memória não seja curta!


quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Um dia de nevoeiro...

Um dia a sorte mudará!
Tenho a certeza.

Havemos de ser capazes de, ao resistir, mudar o curso dos acontecimentos e de fazer com que os espartilhos que nos querem vesti, se rompam, não nos sirvam ou, simplesmente, acabem no caixote do lixo!

Tenho a certeza de que, um dia, este pesadelo tem que chegar ao fim!
Até lá, sento-me no escuro, quieta e, se ainda for capaz, rezo!
Alguém, no Universo, me ouvirá, por certo!
E, num cavalo branco ou numa manhã de nevoeiro, entrará neste País uma luz brilhante, quente, linda. A energia que nos transmitirá será a necessária para que tudo volte a ser como antes!

Antes? Antes de quê?
Antes de me ter sentado, no escuro?
Antes de me ter convencido de que alguém me viria tratar da saúde?

Espera! Temos que fazer alguma coisa!
Temos? Quem?
Ah, pois, aqueles que elegemos para nos tratarem da saúde!
Não, não são esses!
São aqueles a quem exigimos que tomem conta daqueles que elegemos para nos tratarem da saúde!!!
Pois, são esses!

Eu? Eu tenho que fazer alguma coisa?
Mas então para que os elegi eu?
Pronto, está bem, eu faço! Mas só se fizermos todos!
TODOS! TODOS mesmo!

Por agora, deixem-me ficar sentadinha no escuro, a ver se ainda serei capaz de rezar!

...deixem-me rir!...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Sincronia

LINDO!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Ventríloco

Há talentos que não me canso de rever. Este é um deles!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Summer in the City

Dançar assim é um privilégio!

domingo, 7 de setembro de 2008

Férias 4- Parque Nacional da Peneda-Gerês

Cheguei ao Gerês pela Caniçada. A barragem criou uma albufeira onde mais de uma dezena de pescadores à linha parecem satisfeitos com o que o rio lhes oferece!

Este é o único Parque Nacional do País pelo que era previsível que todas as actividades humanas fossem integradas num plano de desenvolvimento sustentável.

No entanto, basta descer até Rio Caldo para se verificar que (espero que apenas no mês de Agosto!!!) o turismo excessivo torna um local que se espera calmo e tranquilo numa verdadeira "feira", onde os carros estacionados ocupam parte das estradas sem bermas, as motas de água quase atropelam as "gaivotas" que deslizam nas águas do Rio Cávado e o lixo nas margens se vai acumulando.
O melhor é mesmo continuar a viagem até Vilarinho da Furnas.

As paisagens são magníficas!



Vilarinho da Furnas era uma aldeia comunitária que, em 1971, foi submersa pela albufeira criada pela barragem aí construída. Mesmo com a albufeira cheia é possível verem-se vestígios da aldeia. Um conjunto de moinhos, infelizmente ao abandono, está ainda bem patente numa zona onde as águas da albufeira dificilmente chegam.




A Mata de Albergaria é, também, um lugar de passagem obrigatória. A biodiversidade que aqui encontramos é deslumbrante! Uma das espécies bem preservadas nesta região é o azevinho que se encontra quase em extinção no nosso País. Pelo interior desta mata passa a Geira Romana de que são visíveis vários marcos miliários.






A Geira é uma estrada militar, presumivelmente do séc I d.C, que liga Bracara Avgvsta a Astvrica Avgvsta.

Mas a imagem mais gratificante desta viagem foi encontrar garranos em perfeita liberdade e harmonia!
Ora vejam lá!




quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Férias 3- Citânia de Briteiros

Entre Braga e Guimarães localiza-se uma das maiores ( se não mesmo, a maior) Citânia da Península Ibérica. No cimo do Monte de S. Romão, sobre um grande maciço granítico, pode ver-se uma grande parte do vale do Ave.




Característica do Noroeste da Península, a Citânia é um grande povoado proto-histórico que teve origem na Idade do Bronze (primeiro milénio a. C) e que se desenvolveu, sobretudo, entre os séc II a.C. e I d. C. A partir desta altura, verifica-se a influência (parece que muito limitada) da romanização.O traçado das ruas e o sistema de irrigação parecem ser os traços mais marcantes da influência romana.



A reconstrução de duas habitações permite-nos ter uma ideia mais aproximada do tecido habitacional do povoado.



Na aldeia, é possível visitar o Museu da Cultura Castreja, espaço doado por Francisco Martins Sarmento, considerado por muitos o "pai" da arqueologia em Portugal. Martins Sarmento foi o responsável pelas primeiras campanhas de arqueologia feitas, exactamente, na área da Citânia de Briteiros.
Recolheu várias peças metálicas e de olaria pertencentes ao período da romanização e vários achados de origem Celta de que se destaca a Pedra Formosa do Balneário castrense.



A visita à Citânia e ao Museu, por si só, já compensa bem a viagem. Mas, uma vez que estão pertinho, podem dar um salto ao Gerês.


Foi, aliás, o que eu fiz!


Depois conto-vos!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

O Areias - "Engenheiro"

Isto não se faz ao Areias - o camelo!!!!

http://sorisomail.com/email/1395/o-engenheiro-areias.html

Quanto ao outro...

Nós é que não merecíamos!!!!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Férias 2

Almeida - Picadeiro D'el Rey





Construído em meados do séc XVII, o Picadeiro alberga neste momento uma belíssima Escola Equestre.






Vale a pena visitar.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

No Trilho da Esperança

António Morais, 48 anos de idade, professor, está na estrada, pedalando e visitando as várias escolas, de Melgaço a Vila Real de St. António, onde exerceu a profissão ao longo da sua carreira.




Esta iniciativa pretende "alertar a opinião pública para a necessidade de a sociedade apoiar os seus professores. Estes dedicam a sua vida, durante cada ano lectivo, a garantir com grande empenhamento e dedicação uma Escola Pública de qualidade, inclusiva e democrática - espaço de formação cívica e de preparação para a vida activa, para a intervenção social e para o ser-se Pessoa". (ver aqui)

Vi-o pedalar (e bem!!!) ontem e hoje, enquanto percorria os caminhos que o levaram a visitar as escolas do Distrito de Aveiro. O António, sereno, bem disposto e com enorme sentido de humor, não deixa nunca de chamar a atenção para as distâncias que os professores têm que percorrer, todos os dias, para o isolamento a que estão muitas vezes sujeitos, para as despesas acrescidas que estas distâncias acarretam nos seus orçamentos famíliares!




Vai, agora, a Caminho de Santarém. Depois, percorrerá o Alentejo e prevê-se que chegue a Vila Real de St. António, no dia 22 de Agosto.


Boa viagem, António!
Vamos acompanhar-te nesta jornada, com a ESPERANÇA de que este teu gesto sirva, também, para que, mesmo em período de férias, os professores encontrem motivos para não se alhearem e/ou se isolarem!

Esta é, sem dúvida, a FORÇA DA NOSSA RAZÃO!!!

domingo, 3 de agosto de 2008

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Férias1

Tempo de descanso e de redescobrir recantos!

Aqui bem perto, a Pateira de Fermentelos. Não se vislumbram os patos e os jacintos d'água quase cobrem as "chatas".








Mesmo assim é um encanto vê-la!



Fotos de A. Melo, Julho 2008

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Riacho



Se pedras não existissem no teu caminho, não saberias cantar!


A leveza e a força associam-se, fazendo-te ultrapassar todos os obstáculos e levando-te a atingir os objectivos que, em cada momento, defines.


A luta contínua que travas sem que ninguém perceba, vai-te dando o brilho, a vida e a beleza que ostentas para que possamos, ao comtemplar-te, encontrar o equilíbrio!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Mudanças...

Quando, aos trinta anos, perante uma qualquer dor de costas, comentamos, a sorrir, “É velhice!”, os amigos confirmam a ironia e, muitas vezes, acrescentam “Não te trates, não!”. Por outro lado, os menos amigos, ficam esperançados de que alguma coisa de verdade exista nesse nosso comentário!
À medida que o tempo passa e que os, cada vez mais de cinquenta anos vão pesando, a reacção, perante o nosso mesmo comentário, vai-se alterando.
Os menos amigos têm, agora com uma crescente tranquilidade, a certeza de que a nossa afirmação é bem verdadeira! Os amigos, curiosamente aqueles que nos deviam saber fazer aceitar a realidade, começam a dizer-nos “Tem juízo, estás agora velha! Deste um mau jeito, com certeza!”
É nesta altura que percebemos quanto o envelhecimento contraria os esteriótipos de uma sociedade que quer, à viva força, prolongar (às vezes, para além do razoável) a esperança de vida e adiar o aparecimento das marcas que nos enfeitam o rosto e a alegria de podermos gerir um tempo que sabemos já diminuto mas que, também por isso, queremos aproveitar para voltar a brincar!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Sem Comentários

"A gerência não se responsabiliza por aumentos inesperados que possam ocorrem durante o abastecimento"

sábado, 14 de junho de 2008

Guardador de Rebanhos

(...)

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...

Alberto Caeiro

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Partilha

Hoje apetece-me dizer-vos que estou feliz!

Cada vez tenho mais a certeza de que naquele lugar, no cimo do monte, de onde posso avistar o campo atravessado pelo rio, a casa com o alpendre onde cantarão os espanta-espíritos, será uma realidade!



O sol irá acordar-me em cada manhã.
As cegonhas, ao longe, executarão para mim aquele voo planado de quem quer cativar a atenção do seu amor! Nos ninhos, os pequenitos virão espreitar-me os netos que poderão brincar, sem restrições, na eira larga e soalheira.

Poderei descer devagar, sempre devagar, até à aldeia e à beira do rio inventar, em cada dia, o jardim.

As ervas aromáticas, as cores misturadas, os cheiros do jasmim multiplicar-se-ão para que te continue a ouvir tocar ao entardecer

terça-feira, 20 de maio de 2008

O Inferno ou o Paraíso?

Esta anda por aí na net! Não resisti em trazê-la!

O Primeiro Ministro de ...(um País à beira-mar plantado!) ao circular, tranquilamente, é atropelado por um condutor das corridas da Ponte Vasco da Gama e morre, ali, na hora!
A alma chega ao Paraíso e dá de caras com São Pedro, na entrada.


-"Bem-vindo ao Paraíso!"- diz São Pedro - "Antes que você entre, há um problemazito...
Raramente vemos Políticos por aqui, sabe... então não sabemos bem o que fazer consigo."


-"Não vejo problema nenhum, basta deixar-me entrar", diz a alma do falecido.

"Eu bem que gostaria de o deixar entrar, senhor Engenheiro, mas tenho ordens superiores... Sabe como é... Vamos fazer o seguinte:
O Senhor passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Depois pode escolher onde quer passar a eternidade."
-"Não é necessário, já resolvi. Quero ficar no Paraíso" - diz o Primeiro Ministro.


-"Desculpe, mas temos as nossas regras. "

Assim, São Pedro acompanha-o até o elevador e ele desce, desce, desce até ao Inferno.
A porta abre-se e ele vê-se no meio de um lindo campo de golfe.
Ao fundo, o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado.
Todos muito felizes, em traje social.
Ele é cumprimentado, abraçado e todos começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos à custa do povo.
Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar. Quem também está presente é o diabo, um tipo muito amigável que passa o tempo todo dançando e contando piadas.
Eles divertem-se tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora.
Todos se despedem com abraços e acenam enquanto o elevador sobe.
Ele sobe, sobe, sobe e a porta abre-se outra vez. São Pedro está à espera dele.
Agora é a vez de visitar o Paraíso.
Ele passa 24 horas no paraíso, junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando.
Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia chega ao fim e São Pedro retorna.
-" E então??? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso.
Agora escolha a sua casa eterna."


Ele pensa um minuto e responde:
-"Olhe, eu nunca pensei ... vir a tomar esta decisão... O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar muito melhor no Inferno."


Então São Pedro, abanando a cabeça, leva-o de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até ao Inferno.
A porta abre-se e ele vê-se no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo e com um cheiro horrível.
Vê todos os seus amigos com as roupas rasgadas e muito sujas catando o entulho e colocando-o em sacos pretos; repara que por vezes os amigos se pegam, na disputa de pedaços de comida podre.
O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do Primeiro Ministro.


-" Não estou a entender?!", - gagueja o Governante - "Ontem mesmo estive aqui e havia um lindo campo de golfe, um clube, lagosta, caviar e nós dançámos e divertimo-nos tanto! Agora só vejo esse fim de mundo, cheio de lixo mal cheiroso e os meus amigos totalmente arrasados!!!"

O diabo olha para ele... sorri ironicamente e diz:
-"Ontem estávamos em campanha.
Agora, que conseguimos o seu voto... eis a realidade"

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Amor nos três pavimentos

Eu não sei tocar, mas se você pedir
Eu toco violino fagote trombone saxofone.
Eu não sei cantar, mas se você pedir
Dou um beijo na lua, bebo mel himeto
Pra cantar melhor.
Se você pedir eu mato o papa, eu tomo cicuta
Eu faço tudo que você quiser.


Você querendo, você me pede, um brinco, um namorado
Que eu te arranjo logo.
Você quer fazer verso?
É tão simples!... você assina
Ninguém vai saber.
Se você me pedir, eu trabalho dobrado
Só pra te agradar.


Se você quisesse!... até na morte eu ia
Descobrir poesia.
Te recitava as Pombas, tirava modinhas
Pra te adormecer.
Até um gurizinho, se você deixar
Eu dou pra você...


Vinícius de Moraes

quinta-feira, 1 de maio de 2008

O paraíso

Um dia de sol e este espelho d'água brilha de tal forma que não conseguimos tirar dele os olhos!
Ao longe, os ninhos das cegonhas enchem o horizonte e, lá do alto, observam esta Ria que se percebe cada vez com mais vida.

Prometeste-me um passeio de canoa pelo emaranhado dos canais que se estendem até ao mar.
À vara, para não afugentar a bicharada, deslizaremos no esteiro onde, junto à margem, a canízia alta abrigará o nosso abraço.

É bom perceber que ainda há lugares assim!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Abril


Lembro aquele dia em que cheguei ao Liceu e ouvi o Luís e a Alexandra, com a emoção contida, dizerem-me baixinho, "Agora é que foi! Desta vez não foi como as Caldas!"

Tenho a certeza que nenhum de nós percebia bem o significado do que se estava a passar! Mas se não era "como as Caldas" então só podia ser bom!


Ainda hoje, ao recordar, não consigo conter a emoção!

Foram tempos de intensa aprendizagem, em que fomos percebendo, agora e só agora, a dimensão do passo de gigante que este País foi capaz de dar!


Passámos meses, estudando, trabalhando voluntariamente, reconstruindo, ouvindo histórias de vida inimagináveis, CRESCENDO!


Depois veio a desilusão, o conformismo, o sentimento da incapacidade de mudar mas ficou a consciência!


E essa vai fazendo renascer, a cada passo, a certeza de que é "A força de estarmos unidos" que nos fará legar aos nossos filhos um País em que "agora ninguém mais cerra as portas que Abril abriu!"

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Caixa do correio

Publicidade do supermercado, da nova sapataria, da exposição de móveis, dos “curandeiros milagrosos”, envelopes cheios de prémios que estamos quase a ganhar e mais umas tantas cartas não se sabem bem de quem enchem todos os dias a caixa de correio cá de casa mesmo quando temos o cuidado de PEDIR que não coloquem tanto lixo!

No correio electrónico são as mensagens que se não reenviarmos nos trarão anos de infortúnio, os spam vindos de todo o lado e os alertas de vírus horríveis que estão (há já vários anos!) prestes a chegarem através do mail de um amigo!

O que vale é que, no meio de tanta coisa, lá chega um mail amigo para nos alegrar!
E como este me fez rir, decidi partilhá-lo convosco. Aqui vai:

Notícias confirmadíssimas!!!! (Decidi retirar a referência ao órgão de comunicação social por não me parecer essencial)


Durante um relato de futebol:
“Chega agora a informação… o jogador que há pouco saiu lesionado sofreu uma fractura craniana num joelho” - mais um desafio para os médicos portugueses!!!!




Notícias na Televisão:

“Um morreu e o outro está morto” – pois!!!!
“Foi assassinado mas não se sabe se está morto” – que tal se lhe perguntassem?




“ O assassino matou 30 mortos” – seria para confirmar que ficavam bem mortos?


“As chamas estavam a arder” – fantástico!
“É trágico! Está a arder uma vasta área de pinhal de eucaliptos” – uma nova espécie para o herbário nacional!
“Estão zero graus negativos” – para que conste!


Notícias na Rádio:
“Quatro hectares de trigo queimado. Em princípio trata-se de um incêndio” – mais valia confirmar não vá tratar-se de uma inundação!!!!!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Histórias de encantar

Acordou cedo, com a sensação de que os dias, agora mais curtos, mereciam ser vividos com maior intensidade.
Começou por realizar, rapidamente, as tarefas de rotina que tinha a seu cargo. Disporia, depois, de algum tempo para poder dedicar aos pequenos projectos que há muito tinha em mente.

Rever velhos amigos, escondidos naquelas caixas de papelão que mantinha no sotão, era hoje o grande objectivo.

Já lhe custava subir as escadas mas encontrou uma preciosa ajuda no neto que, entretanto, tinha chegado da escola. Juntos transportaram as duas caixas para junto da janela onde a esperava a cadeira de baloiço, o gato, a mesinha com os óculos e o xaile de que já não podia prescindir. O neto brincava a pouca distância mas sempre atento ao que ela ia tirando das caixas."Papéis velhos! Passas a vida a mexer em papéis velhos, avó!"

Sorriu. Eram mesmo velhos! Tão velhos que os tinha que desdobrar com muito cuidado para conseguir que não se rasgassem. Muitas vezes tinha querido desfazer-se de tanta velharia. No entanto, cada vez lhe custava mais seleccionar o que não queria. Cada um daqueles papéis lhe trazia à memória um pedacinho de Vida.
Olhou o neto, com ternura, e respondeu: "Pois é! Mas estes papéis velhos contam-me tantas histórias!"

"Então, porque não fazes um livro? O meu pai podia contar-me essas histórias à noite, quando vou para a cama! Ele diz sempre que não sabe nenhuma!"
"Vou pensar nisso. Mas logo à noite, quando o pai te for deitar, pede-lhe que te conte a história da Princesa que vivia no castelo de areia! Vais ver que essa ele sabe!"
"Sabe? Tens a certeza? Ele nunca me falou dessa história! Porque não ma contas tu, avó?"
"Porque essa é a história que só os pais e as mães podem contar aos seus filhos. Eu já a contei ao teu pai.
Agora é a vez dele ta contar."

O pequeno calou-se. Iria esperar que o pai chegasse para lhe recordar que também ele tinha gostado que todas as noites a mãe lhe contasse uma história!

E aquela era especial porque, todos os dias, o mar levava a Princesa e o seu Castelo para lugares estranhos, longínquos, sempre diferentes, onde era preciso inventar um Príncipe que pudesse trazer de volta a Princesa e o seu Castelo!

Bem, o resto dos papéis velhos ficariam para o dia seguinte!
Afinal, hoje foi capaz de reviver, com intensidade, todos os Príncipes que foi inventando, ao longo de tantas noites, e que fizeram adormecer o seu pequeno Rei!
Seria ele capaz de reinventar aquelas histórias e de embalar com elas aquele pequenito?

Por certo, acrescentaria alguns adornos. Quem sabe se o mar não os levava para outra dimensão de onde só sairiam se fossem capazes de inventar um GPS especial, que recolhesse dados dos satélites de outra galáxia e os conectasse com o seu Mac onde já tinham instalado aquele programa extraordinário que os libertaria das amarras virtuais e os faria vencer as barreiras do tempo!


Nessa altura, já o menino dormiria profundamente! Mas o pai continuaria a sonhar!

segunda-feira, 31 de março de 2008

A vida sem humor não tem graça!


Ele : Finalmente! Custou tanto esperar por este momento.
Ela : Queres que me vá embora?
Ele : Não! Nem penses nisso.
Ela : Amas -me?
Ele : Claro! muito e muito ..
Ela : Alguma vez me traíste?
Ele : Não, porque ainda perguntas ?!
Ela: Beijas - me?
Ele : Sempre que possível.
Ela : Vais - me fazer sofrer?
Ele : Achas! Eu não sou desse tipo de pessoa.
Ela : Posso confiar em ti?
Ele : Sim.
Ela : Querido!



Lindo não é?

Ora agora, experimentem ler de baixo para cima!!!!


sexta-feira, 21 de março de 2008

Memória

Aquela viagem começou atribulada.



Atrasaram-se alguns e, por pouco, não chegaríamos a tempo de embarcar naquele avião.



Tudo estava organizado para que, no meio do divertimento, da aventura, da boa disposição, aquela gente aprendesse a olhar também para a Terra com os olhos dos que viam as crateras, as fajãs, as fumarolas e aqueles basaltos carregadinhos de brilhos verdes, como se de pedras preciosas se tratasse!



As Ilhas foram aparecendo rodeadas do encanto de quem contava as histórias vividas há muitos anos, quando o tempo ainda dava para viver amores, sonhar vidas a construir e ouvir as cagarras que acompanhavam o dedilhar da viola, ao por do sol!



Mas, a emoção maior foi chegar ao Pico!



Tudo naquele lugar era mágico!




Não sei como conseguiste transmitir-nos, sem palavras, todas as vivências dessa Ilha, encoberta pela neblina da paixão intensamente vivida e posta a descoberto quando, com as lágrimas teimosas a brilhar, vimos o sol raiar e fazer deslocar "o chapeú", mostrando-nos a agulha esguia daquele pico! Apenas um pico basáltico! Mas aquele Pico conseguiu unir-nos num êxtase que nunca esqueceremos!



Ainda hoje me pergunto o que foi que nos contagiou e nos fez entender o teu (e, também, nosso) silêncio na despedida, a vontade de voltar e a ternura com que todos passámos a referir-nos àqueles lugares!



Há momentos assim!

terça-feira, 18 de março de 2008

A noite



Da janela daquele quarto via-se o castelo. Iluminado parecia pairar no céu.

Na torre quase se via a Princesa que esperava, ansiosamente, pelo cavalo branco que lhe traria um cavaleiro louro, esbelto, valente!


Que bom poderem ali estar, inventando estórias de príncipes e princesas como se a vida fosse um conto de fadas!

Aquele lugar mágico haveria de guardar os momentos de amor mas também as lágrimas da despedida, as promessas que sabiam não poderem ser cumpridas e a esperança, sempre viva, que permitia que a vida pudesse continuar!


Antes de partirem, espreitaram pelo telescópio à procura daquela estrela que os uniria no sonho partilhado há tanto tempo.

Outras noites, outros sítios, outras emoções vieram. No entanto, aquele castelo pairando no céu ainda hoje lhes ilumina a alma quando os olhares, discretamente, se cruzam!

domingo, 9 de março de 2008

Fomos 100 mil!

Partimos cedo. Saímos com a ansiedade de chegar e mostrar que é tempo de nos fazermos ouvir.
Já éramos muitos à partida mas à chegada, a força cresceu.
Cresceu ao vermos o rio de gente que, de todos os pontos deste País, confluía àquela Praça.

A emoção tomou conta de alguns, especialmente daqueles que ainda se lembram de terem descido aquela Avenida, num 1º de Maio, quente, muito quente, com a alegria a brilhar em todos os rostos, com todas aquelas bandeiras rubras que nunca esqueceremos!

Mas Lisboa não se lembra de ver tanta gente assim!

Hoje as bandeiras são de várias cores. Hoje estão, lado a lado, PESSOAS que não se conhecem, que nunca se viram, mas que juntam as vozes no mesmo protesto, nos mesmos lamentos, na mesma indignação!
Mas, afinal, o que quer esta gente?

Apenas, serem ouvidos, respeitados, reconhecidos.

Vai mal um País que não reconhece nos seus educadores o mérito de fazerem crescer gerações de cidadãos capazes de, em cada instante, o (re) Construirem!
Mas vai muito pior um País que, depois do que ouviu dos seus educadores, não for capaz de juntar todas a vozes e exigir o respeito que eles lhe merecem!

Fomos 100 mil.

“Havemos de ser mais, eu bem sei!”

domingo, 2 de março de 2008

Recomeçar...

Recomeça...
Se puderes, sem angústia e sem pressa...

Miguel Torga


Basta um sonho, um abraço, uma carícia!


O sorriso regressa espontaneamente,
A força retorna trazendo o alento da esperança
E o sonho, cada vez mais nítido, é quase realidade!


A vida nasce!

sábado, 23 de fevereiro de 2008

ZECA

Aveiro, 2 Agosto 1929 - Setúbal, 23 Fevereiro 1987

MENINO DO BAIRRO NEGRO(José Afonso)

Olha o sol que vai nascendo
Anda ver o mar
Os meninos vão correndo
Ver o sol chegar

Menino sem condição
Irmão de todos os nus
Tira os olhos do chão
Vem ver a luz

Menino do mal trajar
Um novo dia lá vem
Só quem souber cantar
Vira também

Negro bairro negro
Bairro negro
Onde não há pão
Não há sossego
Menino pobre o teu lar
Queira ou não queira o papão
Há-de um dia cantar
Esta canção

Olha o sol que vai nascendo
Anda ver o mar
Os meninos vão correndo
Ver o sol chegar

Se até da gosto cantar
Se toda a terra sorri
Quem te não há-de amar
Menino a ti

Se não é fúria a razão
Se toda a gente quiser
Um dia hás-de aprender
Haja o que houver

Negro bairro negro
Bairro negro
Onde não há pão
Não há sossego
Menino pobre o teu lar
Queira ou não queira o papão
Há-de um dia cantar
Esta canção

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

DESAFIO

Manuel Damas, propôs. Decidi experimentar!

Que significado atribuo a:


FILHOS: Dois pedacinhos de mim. Hoje olho-os e vejo, com um grande orgulho, dois adultos equilibrados, lutadores, com objectivos bem definidos e, especialmente, com uma enorme capacidade de amar!
Um dia, sobre eles, escrevi:
“…cheiinhos de defeitos! Lindos!!”.
Continuo a achar que não me enganei!

AMOR: És tu.
É contigo que quero partilhar os dias que me sobram.
Afinal, descobrimos que é tão fácil sonhar, construir, viver!

HARMONIA: A vida hoje!

INTELIGÊNCIA: Uma capacidade essencial quando o objectivo é ser feliz!

RESPEITO PELO PRÓXIMO: Um dos valores essenciais a defender! Não concebo a vida sem o respeito pelo outro. Não nos respeitaremos se não soubermos respeitar quem nos rodeia.

SINCERIDADE: A única maneira que conheço de comunicar! Olhando nos olhos, lendo bem lá no fundo, poder ter a certeza que não me engano!

HUMILDADE: A capacidade de reconhecer que erro mas que sou capaz de aprender a tentar não voltar a errar. E se o fizer, voltar a reconhecer que, afinal, ainda tenho muito que aprender!

AMIGOS: Aqueles que têm sempre um ombro para me emprestarem!

ANIMAIS: Seres vivos que, tal como todos os outros, são alvo do meu respeito e reconhecimento pela contribuição que prestam à manutenção do equilíbrio deste Planeta!

MAR e LUA: Dois elementos que me são muito queridos pela fantástica influência que sobre mim exercem!
É com eles que partilho os momentos de meditação e auto-análise.
Foram eles que, em alturas cruciais da vida, me inspiraram!

COBARDIA: Um sentimento que me repugna.
Tenho muita dificuldade em lidar com quem o manifesta. Apesar de conseguir compreender os medos (eu tenho alguns!), tenho dificuldade em perceber a cobardia porque a associo à falsidade.
O cobarde é aquele que, podendo, não enfrenta a realidade mesmo que isso traga malefícios a terceiros.


Agora, quem quer experimentar?
O desafio fica lançado! Vamos lá. Vão ver que é um exercício interessante!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Chuva

Há dias em que, mesmo com um céu encoberto, enquanto a chuva cai, conseguimos sentir a luz de um sol que nos apetece ver!

E no fim do arco-irís encontraremos a felicidade!

Hoje choveu!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Aquarela

Mimos!

Quem não gosta de Mimos?
Eu gosto, claro!


Recebi da MIMO-TE mais estes miminhos!

Um Blog com Coração
Uma Vela para Iluminar o meu Caminho



OBRIGADA, amiga!
Especialmente para ti, o meu próximo post.
E estes prémios deixo, com um grande abraço, a todos os que têm a paciência de me ir lendo!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Contributo para o Fim de Semana

O fim de semana está à porta!
Sei que há quem não goste muito de cozinhar mas, numa altura em que temos mais um tempinho, vale a pena experimentar uma receita muito fácil e que sai sempre bem. Acreditem!!!
O efeito é sempre perfeito!

Esta é a receita que me enviou a minha amiga Dri!
Experimentem.


RECEITA DE PERU COM WHISKY

Ingredientes
1 garrafa de whisky (do bom, 18 anos)
1 peru de aproximadamente 5 Kg, sal, pimenta e cheiro verde a gosto.
350 ml de azeite extra.
500 gr de bacon em fatias largas.
Nozes moídas.

Modo de preparar

Tomar uma boa dose de whisky com 2 pedras de gelo.
Envolver o peru com as fatias de bacon e temperá-lo com sal, pimenta, cheiro verde e massajá-lo com o azeite.
Pré-aquecer o forno por aproximadamente 20 minutos.
Sirva-se de mais uma dose de whisky (caprichada) enquanto aguarda o aquecimento.
Coloque o peru numa assadeira grande e mais duas doses de whisky..........
Azustar o terbostato do vorno na bozizão 3. Zepois de uns zinte binutos, botar bra queimar... digu, azzar a ave.
Derrubar mais uma dose de whisky zepois de meia hora, formar a abertura e controlar a azzadura do pato. Tentar zentar na gadeira e servir-se de uoooootra doze zarada de whisky.Cozer(?), cosdurar(?), cozinhar(?), zei lá, mas zuzu bem, deixa o beru lá no vorno por mais 4 horas.(Se preverir, bode acrezentar zalzinha e zebolinha).
Mandar mais uma dose de whisky bra dentro.......Dendar tirar o sacana do beru do vorno, porque da primeira denndadiiva dããã o deeeeeúú´zerto.
Begar o beru que caiu no jão e enxugar o danado com um bano de jão, cologa-lo em uma pandejaou qualquer oudra coiza, bois avinal de contas, você nem gossssta buito de beru besbo..vozê dizzi que gozta besbo é de vrutos do bar.

Bronto,
Baita abrazzzo....