quarta-feira, 18 de maio de 2011
A praga
Naquele dia apareceu um anjo que lhe disse:
- Estás condenada! Nunca poderás olhar a terra que cultivarás sem o peso da maldicência que pairará à tua volta!
E foi! Talvez tenha voado pois os anjos têm asas. A verdade é que nunca mais o viu!
Quando a terra, rasgada e semeada com tanto suor, começou a deixar sair os pequenitos rebentos a maldição realizou-se!
Sempre que olhava uma planta, a voz entoava em toda a aldeia até que ninguém, mesmo ninguém, conseguisse olhar o que quer que desabrochasse da terra! Cada vez que tentava colher o que a terra dava, toda a aldeia enlouquecia!
E assim será!
domingo, 1 de maio de 2011
As Portas que Abril abriu!
Mesmo que tenha passado
às vezes por mãos estranhas
o poder que ali foi dado
saiu das nossas entranhas.
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe.
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu.
Ary dos Santos
às vezes por mãos estranhas
o poder que ali foi dado
saiu das nossas entranhas.
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe.
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu.
Ary dos Santos
Subscrever:
Mensagens (Atom)