quarta-feira, 18 de maio de 2011

A praga



Naquele dia apareceu um anjo que lhe disse:
- Estás condenada! Nunca poderás olhar a terra que cultivarás sem o peso da maldicência que pairará à tua volta!

E foi! Talvez tenha voado pois os anjos têm asas. A verdade é que nunca mais o viu!

Quando a terra, rasgada e semeada com tanto suor, começou a deixar sair os pequenitos rebentos a maldição realizou-se!

Sempre que olhava uma planta, a voz entoava em toda a aldeia até que ninguém, mesmo ninguém, conseguisse olhar o que quer que desabrochasse da terra! Cada vez que tentava colher o que a terra dava, toda a aldeia enlouquecia!

E assim será!

3 comentários:

gaivota disse...

será maldição... uma praga constante!
beijinhos

Unknown disse...

Há de facto uma pulsão que parece ganhar corpo, a que acalenta a raiva, o ódio, o rancor, fúria, a perfídia... Tanto, tanto!

Saudações

Elvira Carvalho disse...

Não seria o E-coli?
Um abraço e uma boa semana